viernes, 14 de diciembre de 2007

¿Qué nos queda a los jóvenes?

Navegando, navegando... por internet, llego hasta mi tierra, linda Bolivia.. sin mar
La busco entre las letras, la leo, entre palabras tratando de entender qué se está tejiendo allá? ¿Qué son esas cosas que nos dicen? ¿Unos piden guerra otros piden paz? Mentiras por aquí... mentiras por allá? Los cantores ya no cantan... El ruido de las letras en el díario nuestro de todos los días es mucho más fuerte... ¿tan mal estan las cosas?....

Busco, busco, encuentro algunas fotos... no tan viejas, y me doy cuenta que si miro un poco a profundidad puedo reconocer algunos 'cuates', amigos de la U, del colegio, de mi barrio... sí, sí, sus caras están ahi, son igualitas a todas esas, una gran marcha de rostros sonrientes de toda la gente que conozco... justícia!! pan!! gas!! agua!! igualdad!! paz!!... todas, todos, cercanos, lejanos, viejas, viejos, mujeres, hombres, niñas, niños... y jovenes.......... muchos jóvenes.

Pero.... ¿Dónde van?,¿qué hacen?.... agarran palos, piedras, carteles de colores, verdes, blancos, multicolores, sus puños en alto, alguno tiene armas de fuego, y otro tiene armas blancas, de repente... no miran adelante, solo se miran, se observan lentamente las diferencias, se observan sus propias ropas, se desconocen, se des-hermanan, ya no se miran... se reniegan... y esa gran multitud se divide... y se grita... y yo, no entiendo.

¿puede el mar dividirse tan facilmente?... ¿el aire separarse?, ¿el cielo partirse en dos?.... me alejo un poco de la pantalla... solo hay algo que me queda claro, LA HISTORIA ESTÁ CAMBIANDO...
...y me pregunto y nos pregunto.... ¿a nosotros los jóvenes ahora qué nos queda?


Que les queda por probar a los jovenes
en este mundo de paciencia y asco?
Solo grafitti? rock? escepticismo?

Tambien les queda no decir amén
no dejar que les maten el amor
recuperar el habla y la utopia...


Ser jovenes sin prisa y con memoria
situarse en una historia que es la suya

no convertirse en viejos prematuros


Que les queda por probar a los jovenes
en este mundo de rutina y ruina?
cocaina? cerveza? ¿barras bravas?

Les queda respirar abrir los ojos
descubrir las raic
es del horror
inventar paz asi sea a ponchazos


Entenderse con la naturaleza
y con la lluvia y los relampagos
y con el sentimiento y con la muerte

esa loca de atar y desatar

Que les queda por probar a los jovenes
en este mundo de consumo y humo?
vertigo? asaltos? discotecas?

Tambien les queda discutir con dios
tanto si existe como si no existe

tender manos que ayudan abrir puertas

entre el corazon propio y el ajeno


Sobre todo les queda hacer futuro
a pesar de los ruines del pasado

y los sabios granujas del presente.


[Mario Benedetti]

3 comentarios:

  1. Suman y siguen las voces de paz por sobre las de imposicion, llenas de racismo y xenofobia.
    Ojala que todos los jovenes leyeran este texto de Benedetti, saludos.

    ResponderEliminar
  2. que nos queda??
    las utopias nos quedan.
    ‘Me acerco dos pasos, y ella se aleja dos pasos, camino diez pasos, y el horizonte se corre diez pasos más allá. Por mucho que yo camine nunca la alcanzaré, ¿Para que sirve la utopía? Para eso sirve! Para caminar!’ (Eduardo Galeano lo atribuye a Fernando Birri)

    Un saludo!!!
    y unos abrazos cochalas

    ResponderEliminar
  3. Olá amigas!!!! (:

    Sempre a acompanhar a situação política pelo qual perpassa a Bolívia.

    A mídia sensacionalista e neoliberal de meu país distorce as informações, coisa que corrijo: buscando informações na imprensa alternativa e lendo este espaço maravilhoso que considero muito autentico e insisto para que continuem com este trabalho.

    De qualquer forma, fico muito preocupado com a existência de quem luta pela vida. Vejo que a democracia é apenas uma conveniência, muito mais conveniente aos "poderosos". Com ela os poder negocia e ameniza pautas sociais que lhes parecem incidiosas e, assim, distorcidas as pautas sociais não se realizam e eles continuam tendo as suas promíscuas margens de lucro ao custo da miséria de todos.

    Não sou anti-democrático. Ao contrário, acho que todos temos um ideal democrático que diverge da prática democrática que vemos operadas pelos governos neo-liberais, que nada mais é que um jogo de cena para negociar e amenizar pautas sociais.

    Mas também reconheço nesta democrácia operada na prática, pelos regimes de governo, a conveniência que nos é mais útil: a de preservar nossas vidas das suas armas e violências sempre prestes a nos arruinar e aos nossos amigos.

    Eu vi uma Bolívia na televisão. Não acreditei no que me disseram. Vi por trás das ideologias, da publicidade televisiva e do discurso do poder os verdadeiros motivos que colocavam aquelas pessoas as ruas. Vi a luta pela vida! Mas vi também o dramático. Os Estados separatistas querendo jogar a Bolívia em uma guerra civil.

    Daí comecei a temer pela vida das minhas recentes amigas, não não, mais que isso, irmãs. (: Da mesma forma, temi pela vida do povo boliviano que anseia ser o dono da escrita da história e que não encontrara outro destino, assim desejo.

    Bem tudo isso foi só pra dizer: Protejam os teus rostos. Toda precaução é bem-vinda. Sabemos que outras forças estão por tras da contra-revolução boliviana aliadas as burguesias nacionais. Repetir que são os mesmos por trás da queda da mais belíssima das revoluções, a chilena, infelizamente interrompida, seria reduntante. É sempre a CIA, aliada a burguesia local, os responsáveis pelo massacre em massa de um sem número de pessoas que só lutam pela: VIDA.

    São nessas situações de tensão que a democracia mostra que é uma mera conveniencia, um espetáculo, um jogo de cena onde as massas são convidadas a representar pelo intermédio de um eleito. No conflito, na tensão a farsa democrática tende sempre a ruir, sob o som ensurdecedor das metralhadoras e do último grito de uma vida injustamente ceifada pelas forças militares. Mas nada consegue a brutalidade das armas contra os anseios de um povo preparado.


    Hey força
    Deu uma grande vontade de estar aí junto, sentido "o hálito das massas" e ser parte desta luta maravilhosa.

    Vou encerrar com uma frase que conheci, em causa, de uma pessoa que amo muito: "Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem!" e é linda a luta do Povo Boliviano!!!

    ResponderEliminar